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Porto Murtinho
terça-feira, 7 de maio de 2024

Agentes de Endemias e Comunitário Saúde participam de capacitação sobre prevenção e controle da Doença de Chagas e Leishmaniose

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A Prefeitura de Porto Murtinho, através da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) está capacitando agentes de Endemias, Comunitário de Saúde, bem como, Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica do município sobre prevenção contra a Leishmaniose, malária e doença de Chagas. 

Agentes de Endemias e Comunitário Saúde participam de capacitação sobre prevenção e controle da Doença de Chagas e Leishmaniose

O principal foco nesta capacitação, segundo o sanitarista Paulo Vollkopf,   Chefe de Divisão de Vigilância em Saúde, é quanto a Leishmaniose, uma vez que o município já registrou casos em animais (cães) e humanos. 

Agentes de Endemias e Comunitário Saúde participam de capacitação sobre prevenção e controle da Doença de Chagas e Leishmaniose

Vollkopf,   frisou, que as capacitações que ocorrem em Porto Murtinho, no setor de saúde pública, contam com apoio do prefeito Nelson Cintra Ribeiro (PSDB) e da secretária de Saúde, Rita de Cássia Padilha

Agentes de Endemias e Comunitário Saúde participam de capacitação sobre prevenção e controle da Doença de Chagas e Leishmaniose

Agentes de Endemias e Comunitário Saúde participam de capacitação sobre prevenção e controle da Doença de Chagas e Leishmaniose

A capacitação teve iniciou hoje (26), com aulas teóricas e termina, amanha (27), é conduzida pelos técnicos da SES, Marcos Alves da Silva e Altair Rufino Serafim, com treinamento teórico realizado no Cine teatro Ney Machado e treinamento pratico técnico onde sserão abordados manuseios de equipamentos, aplicação de inseticida entre outros.

Leishmaniose:

A Leishmaniose é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele, mucosas e causada por protozoários do gênero Leishmania.   Por ser uma enfermidade que não é transmitida de humano para o outro, não é contagiosa e tem cura. No entanto, quando não tratada, a leishmaniose visceral pode levar à morte.

 No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos. A transmissão acontece pelo mosquito palha, quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

A Leishmaniose tegumentar pode causar lesões cutâneas ou nas mucosas (oral, nasal ou genital), a depender do tipo de espécie de protozoário envolvida. A doença começa a se manifestar com essa lesão ulcerada, com borda elevada, que não causa dor. 

Os principais sintomas da Leishmaniose são perda de apetite, emagrecimento, pelo opaco, queda de pelos, aparecimento de feridas na pele (em especial na face, focinho e orelhas) e, em um estágio mais avançado, o crescimento exagerado das unhas (onicogrifose) e perda dos movimentos das patas traseiras (parestesia).
O mosquito-palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros e onde existem muitas plantas. 

O mosquito-palha tem este nome devido a sua cor que lembra a tonalidade amarelada da palha. É um mosquito muito pequeno com longas asas. Ainda sobre as asas, elas possuem pequenos pelos bem característicos da espécie. A Leishmaniose nos cães não tem cura e a única solução é a eutanásia. 

Doença de Chagas:

É uma doença transmissível causada por um parasito e transmitida principalmente através do inseto “barbeiro”. O agente causador é um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas. Os barbeiros abrigam-se em locais muito próximos à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.

Transmissão: a transmissão se dá pelas fezes que o “barbeiro” deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele. Podemos ter ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça (ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.

Sintomas:

Fase aguda: febre, mal estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Freqüentemente, nesta fase, não há qualquer manifestação da doença, podendo passar desapercebida.

Fase crônica: nessa fase muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi. Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração e o aparelho digestivo.

Tratamento: as drogas hoje disponíveis são eficazes apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da sua descoberta precoce.

Prevenção: baseia-se principalmente em medidas de controle ao “barbeiro”, impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:

– melhorar a habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
– usar telas em portas e janelas;
– impedir a permanência de animais como cão, gato, macaco e outros no interior da casa;
– evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;
– construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro, depósitos, afastados das casas e mantê-los limpos;
– retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
– fazer limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
– difundir junto aos amigos, parentes, vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, transmissor e sobre as medidas preventivas;
– encaminhar os insetos suspeitos de serem “barbeiros” para o serviço de saúde mais próximo.

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